A data foi instituída pela Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, como um reconhecimento da existência do problema no Brasil e marca também o dia do falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda (21/01/2000), do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), vítima de infarto. Em sua trajetória, foi vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana, acusada de charlatanismo, teve sua casa atacada e pessoas da comunidade foram agredidas.
Mesmo após dezesseis anos da morte Iyalorixá Mãe Gilda, os ataques continuaram, no ano de 2016, o busto construído em homenagem à Mãe Gilda, foi mais uma vez vandalizado e o autor, preso em flagrante.
Podemos perceber em nosso país, que as práticas de intolerância religiosa estão entrelaçadas ao racismo e à Xenofobia (desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ou pelo que é incomum ou vem de fora do país), dos quais destacam-se as práticas de intolerância contra as religiões de matriz africana.
Esse é apenas um dos fatos que acontecem no Brasil, sabemos que é uma realidade triste e constante. Por isso, é de grande relevância fazer memória nesta data e, acima de tudo, promover o debate, a formação e outras ações que busquem a paz entre os povos e suas religiões.
Confira algumas ações do nosso mandato a respeito do combate à intolerância religiosa e ao racismo, assim como o incentivo às políticas de promoção da igualdade racial.