Neste 07 de abril, ao rememorar o Dia Mundial da Saúde, é nosso dever agradecer a todos(as) os(as) profissionais da saúde que estão corajosamente empenhados, trabalhando na linha de frente, se expondo e se esforçando na prevenção e no combate à essa pandemia do coronavírus.

Junto aos esforços desses profissionais, também fica evidente a necessidade de um sistema de saúde forte, gratuito e que garanta atendimento à população desde a primeira consulta até os atendimentos em UTI, como é necessário para algumas situações da COVID-19.

O Sistema Único de Saúde – SUS, é uma grande política pública de saúde, prevê atendimento básico, visitas às residências, controle epidemiológico, distribuição de vacinas e diversas outras questões fundamentais para o bem estar da população, principalmente aquela mais carente.

Por isso, neste momento tão delicado, além de reconhecer o papel fundamentas dos profissionais da saúde, é necessário também entender e defender a manutenção e melhoria do SUS, pois ele é fundamental para a saúde pública de nossa nação.

 

E se o SUS acabar?

 

A primeira questão é que dificilmente o SUS acabará, mas isso não é motivo para comemoração, o que está sob ataque desde o golpe de 2016 é a parte do SUS que interessa diretamente à população, principalmente as classes menos favorecidas.

Já a outra parte, que serve ao empresariado, continuará atuando firme e forte. É a máxima do Estado Mínimo para muitos e Estado Máximo para alguns selecionados. Vejamos:

Desde a posse deste governo Michel Temer, já foram fechadas mais de 400 farmácias que distribuíam medicamentos de forma gratuita à população, e atualmente, existe a intenção de acabar também com o programa Aqui Tem Farmácia Popular, que beneficia milhões de pessoas através de parceria com farmácias da rede privada para distribuição de medicamentos

O pior disso tudo é que não são ações isoladas, mas estão dentro de um grande pacote mudanças no Sistema Único de Saúde para que ele passe a funcionar de acordo com interesses do setor privado, e não conforme a necessidade da população e do bem-estar do país.

Em abril deste ano, a Federação Brasileira de Planos de Saúde, deputados e senadores estiveram reunidos em um Fórum que tratou da questão. Na ocasião, utilizando como lema “A ousadia de propor um novo sistema de Saúde”, segundo José Sestelo, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), as mudanças pretendidas por grupos empresariais de saúde desde 2013, tendem a aproximar o sistema de saúde brasileiro ao dos Estados Unidos, onde o sistema público só atende aos muito pobres e aos idosos, e onde o gasto em saúde em relação ao PIB é o maior do mundo, chegando a 18%.

Em resumo, a ousadia está em aplicar a estratégia de tornar o SUS, um seguro para os planos de saúde e as redes privadas, deixando-o apenas para cobertura de casos não interessantes comercialmente, como por exemplo, condições crônicas, terapia renal substitutiva, transtornos de comportamento, enfim, condições em que o usuário recorre ao sistema de maneira frequente, sem se curar, mas vivendo com aquilo.

 

Confira alguns serviços gratuitos do SUS:

VACINAS| UPAs – UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO | SAMU | TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS | DISTRIBUIÇÃO DE PRESERVATIVOS | BANCO DE LEITE MATERNO | TRATAMENTO PARA HANSENÍASE | PRODUÇÃO DE ANTÍDOTOS PARA VENENOS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS | TRATAMENTO DE TUBERCULOSE | TRATAMENTO DE AIDS

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