Hoje se completam 5 anos desde o massacre promovido pelo Governo do Paraná contra os/as trabalhadores/as em Educação para garantir usurpação da Paraná Previdência.

Na ocasião, observando as reações contrárias às suas medidas de confisco do dinheiro da previdência dos servidores públicos, o então governador Beto Richa e seu secretário de segurança, Fernando Francischini, trataram imediatamente de convocar mais de 1.500 (mil e quinhentos) policiais e organizar um cordão de isolamento nas imediações da Assembleia legislativa do Paraná, a fim de evitar que a população pudesse assistir e manifestar-se durante as sessões de discussão e aprovação do projeto.

Cronologia dos fatos:

Na segunda feira (27 de abril), cerca de 3 mil pessoas foram para a Praça Nossa Senhora de Salete e manifestaram durante o dia todo, o descontentamento. Na madrugada do dia 28, por volta de 1h:30min, a polícia avançou com a tropa, prenderam os dois caminhões de som que estavam estacionados na rua, e impediram a entrada de um novo caminhão. Para garantir êxito, os policiais utilizaram bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, bomba de efeito moral e muita violência contra os/as trabalhadores/as.

No entanto, a categoria não se amedrontou e na manhã do dia 28 organizou a manifestação na Praça 19 de Dezembro e se dirigiu até a Assembleia Legislativa. Somado a isso veio a notícia da liminar concedida que garantia a participação popular nas galerias da Assembleia, para acompanhar as discussões do projeto pelos deputados. Porém, a ordem do governador era repressão! O cordão de isolamento e o efetivo de policiais haviam aumentado com policiais vindos de todo o estado, inclusive com o batalhão de fronteira. Foram colocadas viaturas atravessadas na via, impedindo que outro caminhão de som se aproximasse da Alep. Contudo, a categoria continuou avançando e abriu caminho para passagem do caminhão de som. Foi então que a tropa de choque mostrou à luz do dia, o verdadeiro motivo de estar lá. Foram cerca de 15 minutos de bombas de gás, spray de pimenta e tiros de balas de borracha para afugentar os/as manifestantes. Após clemência do comando de greve e intervenção de alguns deputados, a amostra do massacre cessou e o caminhão de som pôde se aproximar da praça.

Em 29 de abril, dia marcado para votação final, o sindicato organizou a manifestação com os gritos de ordem: “RETIRA OU REJEITA”, pedindo aos deputados e deputadas da Alep que o projeto fosse retirado de pauta ou rejeitado, para que discussões ampliadas fossem organizadas. A partir deste contexto e da cassação da liminar que garantia o direito à participação popular, o governador Beto Richa e o presidente da Alep, Ademar Traiano mantiveram o projeto em pauta e ordenaram o início do massacre. A barbárie durou cerca de 2 horas, deixando cerca de 200 trabalhadores/as em educação feridos/as e uma marca histórica, violenta e vergonhosa para a democracia paranaense.

Hoje é um dia triste, mas importante de ser lembrado. Nesses momentos é que sabemos quem está conosco e quem não tem compromisso. Por isso fica a nossa mensagem aos servidores públicos e todos aqueles que defendem a educação pública de qualidade. ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS, PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA E NUNCA MAIS ACONTEÇA!

 

#TAMOJUNTO!

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