O livro didático “AFRICANIDADES PARANAENSES” coordenado pela socióloga Marcilene Garcia de Souza é o primeiro livro didático regionalizado voltado para educandos(as) do ensino fundamental que se dedicou a trabalhar exclusivamente sobre a história e contribuição dos africanos e seus descendentes no Paraná.

O Livro pretende contribuir com as legislações federais, estaduais e municipais que tratam do ensino de história da África e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas.

O Livro faz parte da Coleção  “África está em Nós: História e Cultura Afro-Brasileira”  produzido pela Editora Grafset.

 

Principais objetivos do livro “Africanidades Paranaenses”:

– Demonstrar características e elementos sócio-culturais presentes na História do Paraná desde os negros no Estado;

– Desconstruir ideias sobre a invisibilidade da população negra no Paraná;

– Analisar a presença da população negra nos diversos espaços sociais e suas dinâmicas culturais;

– Destacar características da cultura afrodescendente como parte do Estado;

– Visibilizar contribuições da população negra nas diversas áreas de atuação em momentos históricos diferentes no Paraná.

Desde 2003, Lei Federal obriga o ensino de História da África e Cultura Africana nas escolas.

A Lei 10.639/2003 assinada pelo ex-presidente Lula torna obrigatório o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

Deliberação Construída pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná estabelece normas para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

DELIBERAÇÃO N.º 04/06 APROVADA EM 02/08/06 do Conselho Estadual de Educação de Estado do Paraná estabelece normas complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Tal Deliberação institui Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem desenvolvidas pelas instituições de ensino públicas e privadas que atuam nos níveis e modalidades do Sistema Estadual de Ensino no Paraná.  O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.

 

Palestra  Africanidades Paranaenses – Por Marcilene Garcia de Souza

O Livro didático Africanidades Paranaenses produzido pela Editora Grafset, teve a coordenação e edição dos textos da Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza, que é socióloga e, contou com uma equipe de 10 pessoas que vivem no Paraná. Desta Equipe, 03 são co-autoras do Livro (Profa. Doutoranda Débora Cristina de Araujo; Profa. Mestranda Maria Evilma Alves Moreira e  Profa. Neide dos Santos Rodrigues). A fotógrafa do Livro foi a jornalista Socorro Araujo. Portanto, o livro se configura como sendo uma experiência construída, sobretudo por mulheres negras pesquisadoras sobre relações raciais e que são educadoras no Paraná.

De acordo com Marcilene Garcia, o Livro Didático Africanidades Paranaenses apresenta contextos onde se pretende contar uma história mais justa do Paraná considerando as contribuições e as resistências, a escravização, a situação e o cotidiano de negros no Estado do Paraná. Contar a história do Estado a partir dos negros considerando a cultura paranaense como sendo de origem africana também.

O Livro Africanidades Paranaenses, ao destacar algumas histórias de feitos importantes no Paraná pela mão, mente e coração de negros, sobretudo, pretende dialogar com a sociedade paranaense sobre o que é ser paranaense, sobre a importância da inserção do negro na sociedade paranaense “que se consagra como sendo de todas as etnias, mas reforça um imaginário europeu”. Almejamos também problematizar sobre o possível pacto de silêncio em torno das formas de invisibilidade e negação dos processos de resistências da população negra no Estado que foram muitas vezes reforçados pelos livros didáticos, destacou Marcilene na apresentação do Livro.

04/07/2013

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