No último dia 2 de fevereiro – 13 anos após a ocupação que resultou no assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas, no Norte do estado –, as 93 famílias do local viram concretizado o antigo sonho de um laticínio. Instalado na Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran) e inaugurado pela presidente Dilma Rousseff, o laticínio foi possível graças a um investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A zootecnista Elisa Koefender, da Copran, frisa que a ideia é dominar toda a cadeia produtiva e fortalecer os próprios cooperados. Por ser uma referência em agroindustrialização, o local foi escolhido para o lançamento do programa Terra Forte.
 
Atualmente, a Copran tem 470 sócios na região de Arapongas. São 34 produtores de leite, que fornecem uma média de 4 mil litros por dia. Com o objetivo de remunerar melhor o produtor, a cooperativa produz queijo, iogurte, bebidas lácteas e leite em saquinho, que são fornecidos para programas governamentais e supermercados.
Um dos produtores de leite da Copran é o assentado Claudemir da Silva, o Claudinho, de 40 anos. Na propriedade de seis hectares, ele mantém 22 vacas que produzem 130 litros diários. “Tenho R$ 90 mil investidos em animais, um carro bom para andar, meu filho comprou uma moto”, contabiliza.
Mas o caminho foi longo. Natural de Chapecó (SC), onde era agricultor, Claudinho morou em um barraco de lona de oito metros quadrados com esposa e dois filhos durante dois anos. Hoje, há fartura em casa. “A renda livre da minha família [cinco membros] é de R$ 2,2 mil. Tirando o salário da minha mulher, que cuida do gado, sobra R$ 1 mil. Se eu fosse empregado, ganharia um salário mínimo”, diz o cooperado.
Fonte: http://www.pt-pr.org.br/noticias/11/11534/a-nova-cara-da-reforma-agraria-no-pais 
08/04/2013

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